Foi graças ao título na primeira edição da Seletiva de Kart Petrobras que o paulista Danilo Dirani conseguiu deixar o kartismo e iniciar a carreira no automobilismo
Kartódromo Granja Viana, 1999.
Foi no mesmo palco da final de 2013 da Seletiva de Kart Petrobras, a 15ª
da história, que aconteceu a primeira. E o campeão foi um kartista que,
até hoje, passa boa parte de seus finais de semana por lá: Danilo
Dirani.
O paulista brilhou naquela decisão. Ao término dos dois dias de
atividades, Dirani somou 80 pontos, 16 a mais que o vice-campeão, o
carioca Robert Streit. Com o prêmio, debutou no automobilismo no ano
seguinte na extinta F-Rio.
A Seletiva “foi o principal acontecimento para eu poder sair do kart e fazer a transferência para o monoposto”, conta Dirani.
Naquela final de Seletiva, a
única que participou, Dirani sobressaiu nas tomadas de tempos. Eram
três, que visavam avaliar tanto a velocidade do kartista quanto a
constância – o formato é semelhante até hoje. Depois, vinham as
corridas, em que Danilo administrou.
Na derradeira batalha, ele podia cruzar a linha de chegada em quarto
dentre seis pilotos. Ganhou, mas levando um susto: começou a chover a
três voltas do fim, o que adicionou uma emoção extra.
“Não precisava vencer, mas precisava terminar. Todos os resultados que
eu tive foram muito bons, muito importantes. Estava com uma mão na taça e
poderia perder tudo. Dei uma aliviada ali, com pneus slicks, e consegui
ganhar a Seletiva”, narra.
“O prêmio da Seletiva era fazer a temporada da F-Rio, a antiga F-Ford,
que corria lá em Jacarepaguá. E foi ali que eu fiz o meu primeiro ano em
uma categoria de fórmula e fui vice-campeão. Então, com certeza, a
Petrobras foi o que me garantiu esse privilégio e até hoje sou grato a
eles, ao [Luís Fernando] Meinicke [gerente de planejamento e comunicação
da Petrobras Distribuidora], com quem ainda tenho bastante contato. Foi
o ano de criação da Seletiva e veio a calhar com a minha necessidade de
mudar do kart para o fórmula”, diz.
Organizador da Seletiva, Binho Carcasci fala que Dirani vivia uma fase
ruim no kartismo. “Ele andava bem e tinha mostrado resultado em outras
categorias, mas, quando subiu para a Graduados, não estava conseguindo
andar bem porque passava do peso. Na Seletiva, o peso de todo mundo foi
igualado e ele conseguiu dar uma levantada”, destaca.
O piloto concorda com a visão de Carcasci. “Isso é verdade. O peso
[conjunto kart e piloto] da Graduados era 140 kg – hoje é 155 kg, para
você ter uma ideia – e eu, com 16 anos, já era do tamanho que sou hoje.
1,80 m, 70 e poucos quilos, então passava do peso, apesar de ser leve
para o tamanho que tenho. Para disputar a corrida com esse peso a mais,
tem que ter uns 0s3 guardados na manga para vencer”, analisa.
“Naquele ano, eu tive que me desenvolver para poder igualar a diferença
do peso. Na hora em que peguei uma condição em que o peso era igual para
todos, consegui me destacar. O Binho tem razão sim”, completa Dirani.
Em 2013, o primeiro campeão estará novamente na Granja Viana na final da
Seletiva. Mas não competindo, é claro. Dirani atuará como ‘coach’ e
ficará à disposição dos finalistas para discutir questões técnicas
relacionadas aos karts.
Seletiva de Kart Petrobras, 1999, Kartódromo Granja Viana:
1 Danilo Dirani (SP) 80 pontos
2 Roberto Streit (RJ) 64 pontos
3 Marco Dorigon (PR) 52 pontos
4 Pedro Araújo (RO) 52 pontos
5 Júlio Campos (PR) 48 pontos
6 Allam Khodair (SP) 42 pontos
7 Tuka Rocha (SP) 39 pontos
8 Leonardo Lannes (RJ) 32 pontos
9 Marco Gagliano (SP) 26 pontos
10 Jeison Teixeira (RJ) 26 pontos
11 Marcelo Vaz (PR) 21 pontos
12 Thiago Fraga (RJ) 3 pontos
Fonte: Grande Prêmio


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