quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Primeiro campeão, Dirani relembra 1999 e diz que título da Seletiva garantiu transição para monopostos

Foi graças ao título na primeira edição da Seletiva de Kart Petrobras que o paulista Danilo Dirani conseguiu deixar o kartismo e iniciar a carreira no automobilismo

Kartódromo Granja Viana, 1999. Foi no mesmo palco da final de 2013 da Seletiva de Kart Petrobras, a 15ª da história, que aconteceu a primeira. E o campeão foi um kartista que, até hoje, passa boa parte de seus finais de semana por lá: Danilo Dirani.

O paulista brilhou naquela decisão. Ao término dos dois dias de atividades, Dirani somou 80 pontos, 16 a mais que o vice-campeão, o carioca Robert Streit. Com o prêmio, debutou no automobilismo no ano seguinte na extinta F-Rio.

A Seletiva “foi o principal acontecimento para eu poder sair do kart e fazer a transferência para o monoposto”, conta Dirani.

Naquela final de Seletiva, a única que participou, Dirani sobressaiu nas tomadas de tempos. Eram três, que visavam avaliar tanto a velocidade do kartista quanto a constância – o formato é semelhante até hoje. Depois, vinham as corridas, em que Danilo administrou.

Na derradeira batalha, ele podia cruzar a linha de chegada em quarto dentre seis pilotos. Ganhou, mas levando um susto: começou a chover a três voltas do fim, o que adicionou uma emoção extra.

“Não precisava vencer, mas precisava terminar. Todos os resultados que eu tive foram muito bons, muito importantes. Estava com uma mão na taça e poderia perder tudo. Dei uma aliviada ali, com pneus slicks, e consegui ganhar a Seletiva”, narra.

“O prêmio da Seletiva era fazer a temporada da F-Rio, a antiga F-Ford, que corria lá em Jacarepaguá. E foi ali que eu fiz o meu primeiro ano em uma categoria de fórmula e fui vice-campeão. Então, com certeza, a Petrobras foi o que me garantiu esse privilégio e até hoje sou grato a eles, ao [Luís Fernando] Meinicke [gerente de planejamento e comunicação da Petrobras Distribuidora], com quem ainda tenho bastante contato. Foi o ano de criação da Seletiva e veio a calhar com a minha necessidade de mudar do kart para o fórmula”, diz.

Organizador da Seletiva, Binho Carcasci fala que Dirani vivia uma fase ruim no kartismo. “Ele andava bem e tinha mostrado resultado em outras categorias, mas, quando subiu para a Graduados, não estava conseguindo andar bem porque passava do peso. Na Seletiva, o peso de todo mundo foi igualado e ele conseguiu dar uma levantada”, destaca.

O piloto concorda com a visão de Carcasci. “Isso é verdade. O peso [conjunto kart e piloto] da Graduados era 140 kg – hoje é 155 kg, para você ter uma ideia – e eu, com 16 anos, já era do tamanho que sou hoje. 1,80 m, 70 e poucos quilos, então passava do peso, apesar de ser leve para o tamanho que tenho. Para disputar a corrida com esse peso a mais, tem que ter uns 0s3 guardados na manga para vencer”, analisa.

“Naquele ano, eu tive que me desenvolver para poder igualar a diferença do peso. Na hora em que peguei uma condição em que o peso era igual para todos, consegui me destacar. O Binho tem razão sim”, completa Dirani.

Em 2013, o primeiro campeão estará novamente na Granja Viana na final da Seletiva. Mas não competindo, é claro. Dirani atuará como ‘coach’ e ficará à disposição dos finalistas para discutir questões técnicas relacionadas aos karts.

Seletiva de Kart Petrobras, 1999, Kartódromo Granja Viana:

1 Danilo Dirani (SP) 80 pontos
2 Roberto Streit (RJ) 64 pontos
3 Marco Dorigon (PR) 52 pontos
4 Pedro Araújo (RO) 52 pontos
5 Júlio Campos (PR) 48 pontos
6 Allam Khodair (SP) 42 pontos
7 Tuka Rocha (SP) 39 pontos
8 Leonardo Lannes (RJ) 32 pontos
9 Marco Gagliano (SP) 26 pontos
10 Jeison Teixeira (RJ) 26 pontos
11 Marcelo Vaz (PR) 21 pontos
12 Thiago Fraga (RJ) 3 pontos

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